domingo, 20 de maio de 2012

É só um estudo de caso?

Olá pessoal, venho contar sobre uma experiência que tive neste sábado. Fui convidada para compor a banca avaliadora de um trabalho na disciplina de Liderança Pessoal e Organizacional no curso de pós graduação voltado à nutricionistas. O engraçado é que anos antes eu tive que apresentar o mesmo trabalho pois era aluna do curso.

O trabalho em questão era um estudo de caso: uma concessionária em crise, onde a Unidade responsável por 50% do faturamento apresentava vários problemas operacionais, hierárquicos e inúmeros conflitos. O objetivo do trabalho: o grupo é uma consultoria e deve convencer o presidente da empresa que as soluções propostas são as melhores e trarão os resultados esperados. Comecei a ler o estudo de caso (novamente), depois a matéria do professor e quando dei por mim... estava refazendo o estudo de caso, como se eu fosse apresentar no dia seguinte, me bateu até aquele frio na barriga, fiz resumos e organogramas! 

Chegando lá, entrei na sala e voltei ao ano em que estava no papel de aluna, vi todas as meninas afoitas, conversando, com o notebook aberto, fazendo os últimos ajustes... um turbilhão de emoções. Você deve se perguntar: Mas qual o motivo de tantas emoções? É só um trabalho! Meus colegas, este é O TRABALHO! Graças a ele aprendi demais sobre gestão organizacional e liderança! O professor fez, e pelo visto continua fazendo uma pressão neste trabalho e é isso que faz com que todos se dediquem ao máximo para torná-lo O TRABALHO!

E começam as apresentações!!!! Não posso negar que estar do outro lado (como avaliadora) foi bem gostoso! Mas... não vim para escrever sobre os trabalhos em si... somente sobre minha conclusão ao final das apresentações.


É comum o apego aos detalhes técnicos e mais comum ainda deixar a questão PESSOAS um pouco de lado. Sim, é difícil lidar com pessoas e principalmente com conflitos! O estudo de caso era cheio de conflitos, desde a alta direção até o nível operacional. Não é possível falar e listar prioridades se não pensarmos nas pessoas, afinal são elas que compõem as organizações; não existe sustentabilidade sem investimento e capacitação de pessoas.

É preciso desenvolver visão sistêmica para poder gerir. O sistema é um conjunto de processos interativos e a gestão são práticas que levam a resultados melhores. No meio deles existem pessoas!

E como diz Simone da Costa: "Não há visão sistêmica sem dinamismo, coletividade e quebra de paradigmas".

Já parou para analisar o seu estudo de caso?






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